Relator pedirá cassação de Cunha no Conselho de Ética da Câmara

Marcos Rogério (DEM-RO), no entanto, não incluirá acusação de propina

Eduardo Cunha André Coelho / Agência O Globo
O deputado Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai pedir a cassação do mandato dele no relatório que entregará nesta terça-feira ao Conselho de Ética da Casa — apesar da forte pressão que vem recebendo por uma pena alternativa.
O voto dele, no entanto, não irá incluir o artigo que fala do recebimento de vantagem indevida, ou seja, a acusação de que Cunha teria recebido propina do esquema de corrupção da Petrobras. O relator diz que, dessa forma, não irá descumprir a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que poderia provocar mais demora na votação do processo no conselho.
Ao responder questão de ordem de aliados de Cunha, Maranhão avisou que tanto a defesa quanto o relator deviam se limitar à acusação de Cunha por ter mentido ou omitido, no depoimento à CPI da Petrobras, a informação de que possui contas no exterior. A intenção é impedir referência à denúncia de que Cunha recebeu propina do esquema de corrupção na Petrobras.
A decisão, criticada por integrantes do Conselho de Ética como interferência descabida nos trabalhos do órgão, diz que, na votação do parecer preliminar que deu andamento ao caso Cunha no conselho, houve essa limitação e que qualquer decisão contrária poderá anular o trabalho.

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