Cunha diz que Dilma faz 'liquidação de fim de governo' ao oferecer cargos

Presidente da Câmara criticou articulações do Planalto para ampliar base.
Com cargos, governo tenta conseguir apoio para barrar impeachment.


O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou nesta quinta-feira (31) as negociações do Palácio do Planalto para distribuir os cargos ocupados pelo PMDB entre partidos da base aliada no governo e disse que se tratam de uma “liquidação de fim de governo, é o feirão do petrolão”.
Desde que o PMDB anunciou oficialmente o desembarque do governo no início desta semana, o PR, PP e o PTN têm sido sondados pelo Planalto para ocupar vagas no governo em troca de apoio no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.


 
PMDB DEIXA GOVERNO
Partido decidiu entregar cargos.
“É liquidação de fim de governo. É o feirão do petrolão”, afirmou Cunha ao deixar o plenário da Câmara.
Ele voltou a defender a saída do PMDB e discordou do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que, mais cedo, disse considerar a ruptura um “movimento pouco inteligente”. Para Cunha, o fim da aliança não foi precipitado e “está uns oito meses atrasado”.
Sobre a sinalização de alguns ministros do PMDB de que não pretendem deixar a Esplanada mesmo após o rompimento da legenda com o governo, o presidente da Câmara declarou que “alguns não tem muita identidade com o PMDB” e são “gente recente no PMDB”.
Ele ponderou, no entanto, que cada um responderá pela sua decisão e lembrou do episódio envolvendo o ministro Mauro Lopes, que assumiu a Secretaria de Aviação Civil apesar da decisão do diretório nacional do PMDB que proibia. Agora, ele responde a um processo no conselho de ética da sigla.
“Aqueles que querem ficar, está claro que estão querendo apoiar o governo independente do que o partido decidiu. E cada um responde por sua decisão. Certamente haverá representação”, afirmou Cunha.

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