Direção de presídio erra e liberta condenado a 34 anos por homicídio no RN

Detento foi julgado e inocentado por um crime, mas já havia sido condenado por dois homicídios e cumpria pena com prazo de término ainda inconcluso


A direção da Penitenciária Rogério Coutinho, antigo pavilhão cinco do Presídio de Alcaçuz, no município de Nisia Floresta, na Grande Natal, libertou um detento, condenado em dois processos por homicídio a 34 anos de reclusão com cumprimento da pena ainda inconcluso. O preso identificado como Bartôgaleno Alves Saldanha responde na justiça a vários processos por diversos crimes, dos quais foi julgado e inocentado de apenas um, no entanto como já cumpre pena por outros crimes, não poderia ser posto em liberdade.
De acordo com o juiz Henrique Baltazar, da 12ª Vara Criminal de Natal, o detento havia sido transferido da penitenciária de Caicó, no meio deste ano para Nísia Floresta. Segundo o magistrado, no dia 23 de outubro, Bartôgaleno foi julgado pela comarca de Mossoró, município distante 285 km de Natal e inocentado pelo crime de homicídio.
Com isso, um alvará de soltura foi expedido pela justiça, mas segundo Henrique Baltazar, o documento continha ressalva e chamava a atenção para o fato de o detendo já ter sido condenado e estar cumprindo pena por outros crimes. “Para mim esse episódio demonstra total incompetência da direção do presídio”, declarou.
Segundo o juiz, Bartôgaleno é um criminoso de lata periculosidade e responde na justiça a vários processos por diversos crimes, entre eles, homicídio e roubo nas cidades de Campo Grande, Mossoró e Janduís. “A direção do presídio cometeu um erro muito grave, pois coloca em risco toda a sociedade ”, disse o magistrado.

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