Medidas são recebidas com receio
Publicação: 24 de Abril de 2013
Emanuel AmaralSandra
Aureliano resistiu em sair da Apami por receio de não ter atendimento.
Depois de quase três horas de discussão, ela e o filho foram levados
para o Hospital Regional de São José de Mipibu
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A Secretaria garantiu, porém, que em até 20 dias, os hospitais regionais de São José de Mipibu, São Paulo do Potengi, Santo Antônio e João Câmara, estarão devidamente equipados e com médicos pediatras e obstetras nas escalas de plantão. Entretanto, no Hospital Regional de São José de Mipibu, as mudanças foram iniciadas um dia após o anúncio da restruturação, de forma considerada abrupta.
Em meio a uma reforma, iniciada em fevereiro passado, que custará, ao final, R$ 660 mil, a unidade teve que receber quatro parturientes e seus recém-nascidos no início da tarde desta terça-feira, 23. Todas oriundas da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância (Apami).
A entidade realizava partos normais e cesarianas em São José de Mipibu, através de pactuação com a Sesap e com a Prefeitura daquele município. Segundo a Sesap, a Apami é uma das entidades que não responde positivamente à pactuação e foi excluída da lista de entidades manutenidas pelo Governo do Estado para a prestação de serviços de saúde.
O Hospital Regional recebeu as pacientes, sem dispor de berços comuns e aquecidos, além do sistema de fototerapia para bebês nascidos com icterícia. Dois dos recebidos na unidade precisam de fototerapia para não desenvolver problemas pelo acúmulo de bile no organismo.
“Não esperávamos receber desta forma. Estamos em reforma e ainda nos estruturando. Estávamos esperando a Sesap traçar o perfil deste hospital. Aguardávamos que fosse permanecer como de urgência e emergência”, destacou a diretora da unidade.
Sem outra solução, até a aquisição de equipamentos específicos para o setor obstétrico e pediátrico, o Hospital Regional teve que recorrer à Apami para que cedesses os berços. A diretora Isabelle Grilo enfatizou que irá adaptar a sala do repouso do centro cirúrgico da unidade para que as cesarianas possam ser realizadas, sem a necessidade do encaminhamento das mulheres em trabalho de parto para as maternidades de Natal.
Mas fez cobranças: “estamos assumindo uma responsabilidade e preciso do respaldo da Sesap. Com o apoio da direção técnica do hospital, ela irá confeccionar um relatório apontando as necessidades para o início dos serviços de obstetrícia.
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